sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

E tudo tem um fim

          O momento parece longo e eterno, seja bom ou ruim, mas tudo, tudo tem um fim. 
As horas passam lentamente, vivemos e morremos constantemente.
      Tem dias que tudo em mim se esvazia. Fico fazendo perguntas para mim mesma, esperando respostas silenciosas que me digam que eu estou bem. Na memória, lembranças não entendem que já não existem, Porque insistem?
        Recordo, mas vejo ao redor o dia de hoje, a luz que ilumina a sala faz de mim "o foco" e espera ação. Mas o que me move é escrever, ainda que eu não saiba direito o que dizer. Penso em Clarice Lispector, naquele jeito de escrever que percebo nos livros dela. Um escrever que parece correr, sempre em frente, dizendo apenas, escrevendo, seguindo, quase sem pensar, parece. Sou um ser em formação, o tempo todo buscando a evolução. 
        As vezes é bom ser um personagem, por isso gosto de teatro, de interpretar, porque posso ser outras pessoas, e preencher meu ser com sentimentos que não são meus, pensamentos de faz de conta, frases decoradas para serem ditas, dialogadas, 
          Depois de muitas leituras sobre os acontecimentos no mundo, na política principalmente, penso em qual é o "meu papel". É tão simples na ficção perguntar: - O que vou fazer? Quem vou ser? E na vida real o que é que vou fazer? Quem vou ser?
         Claro, sempre serei eu, com meu nome, minha identidade, com tudo que já fiz e faço agora, mas tudo tem um fim. E tudo que  já fiz, acabou. Não, não acabou, diz a minha voz interior. Então nesta conversa que faço com o mundo e comigo mesma, pergunto, o que devo completar?
          Fim de um texto. E tudo tem um fim.
           

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