segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O Natal já passou. Feliz Ano Novo!

Esperei o dia do Natal, pensativa, cuidadosa. Rezei. Esperei que tudo fosse alegria e paz. Recordei o Natal de 2014, quando tristes ficamos pelos que partiram para o outro lado da vida, naquele ano de 2014, sentimos, sentimos muito. Mas o tempo vai passando e precisamos recuperar os ânimos, a alegria de viver. O Natal passou, e novamente o Natal passou. E foi assim, jå passou.  O Natal foi bom. Deus é bom.

FELIZ ANO NOVO!  O ANO DE 2016 VAI SER MARAVILHOSO!

domingo, 29 de novembro de 2015

2015. Um ano de muitas revelaçōes

Mais um ano chegando ao final, mais um novembro, dezembro e a retrospectiva se apresentando na mente: O que aconteceu durante este ano de 2015? A primeira palavra que lembro é "corrupção", mas isso politicamente falando. Porém, acredito na solução dos problemas, nos profissionais que trabalham para o bem. Acredito na inteligência das pessoas, no bom uso do intelecto, pois tudo faz parte da montagem de um quebra-cabeça (imagino), tudo, qualquer bobagem (aparente).  Importante se expressar de todas as formas imagináveis, possíveis. Falar de amores, ódios, medos, dramas, traumas, alegrias, tristezas, fatos, lembrando que somos imperfeitos, com qualidades, defeitos, chatices, tolices, crendices, genialidades, raridades.  O ano de 2015 foi um tempo de revelaçōes, não é verdade? Para todos, sei que sim. Que continue assim. E eu agradeço. Que tudo seja bom, para o bem. Deus no comando!

sábado, 28 de novembro de 2015

Que isso?

Que isso que me deixa agora
assim
que me tranca sem voz
e me mantém distante de você?
Explica amor
me diz
onde estive tanto tempo enrolada
calada?
que palavras sufocantes
vejo no teu olhar tão distante?
o tempo está desmanchando teus
espaços
olha teus pés?
Sim
estão descalços
Olha na janela aquela pequena flor
que estava lá
vê? Era para você.
sobrou agora um vazio
Ah! Você sorriu
a vida não é tão séria assim?
vai dizer isso para mim
Que isso?




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Amigas de infância.

O tempo passa lentamente, nem percebemos o quanto vamos mudando quando por longos anos juntas caminhamos. Nem sempre lado a lado, mas sem se deixar de lado. Idéias diferentes, muitas vezes até bem contraditórias, mas em tempo ajustamos as diferenças, analisamos nossas histórias. E seguimos registrando cada passo em nossas memórias.

Workshop de Fitness e Dança




Em ritmo de dança (14.11.15), Clube Caixeiros Viajantes, Porto Alegre - RS.

Sentimentos virtuais

Quando te encontro assim
distante de mim
fecho a janela principal
deixo a chuva passar
espero a hora de você chegar
mas não existe um lugar
não é mais tempo de amar

pessoas seres viventes
zumbis que sobram descontentes
esperam de volta por si
enquanto não é tarde
até que o sol apareça e venha junto
a esperança novamente

meu sorriso entristeceu
ao olhar espaços distantes
fora de alcance
teu ser envitrinado entre
linhas e estrelinhas
mais outras figurinhas
muda fatos revelados
quebrando conteúdos já desfigurados

O mundo é virtual total
de todo lado rachado de guerra
enquanto eu clamo por paz na terra

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O futuro

Hoje sinto tudo distante. O desejo de voltar não sei para onde me leva para uma viagem. Para onde? Nas origens, onde tudo começou procuro entender onde foi que me perdi. Vejo a casa que não mais existe no lugar onde vivi. Quero voltar para casa depois de todos os caminhos que percorri.  Não há retorno. Encontro silêncios. Preciso fazer o que ainda não sei ao certo, o quê? O que um dia era sonho, o que era imaginação, o que era medo ou o que parecia solução, hoje é o futuro que me encontrou. Nos lugares onde morava o passado, quase nada mais existe, mas existe. E o que existe? Um fantasma de mim mesma querendo viver o que não da mais. Mas tudo já não é. Tudo já não sou. Agora o futuro está aqui, nestas linhas que escrevo, mas também nos cadernos que continuo a carregar. Sim, porque o passado carrego comigo, na leveza da gratidão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Uma chuva de palavras

Uma folha em branco
no meio de um campo
Em nuvens transformei meus
pensamentos
tudo triste e tão cinzento
um tormento
nuvem passando em silêncio
neblina
frio
arrepio
um raio de sol tão pequeno
Ah! Ninguém pode ver onde estou
escuridão em minha alma
solidão e medo
vai a nuvem me levando pra
bem longe
vento forte me balança
e não suporto
pingos de chuva
sou eu no papel

domingo, 27 de setembro de 2015

Ausente

Depois de tudo com
deixei de lado
dias, semanas sem ser
sem
meses, um ano
enfim
fiquei ausente
nos lugares onde
fui tempos presente

Algumas vezes escrevi em pedaços guardando entre frases incompletas o que só para mim importava dizer. Releio meus versos "sem sentido" e recordo o que passei, porque este é o propósito, recordar.  Um pouco de palavras e pronto, tudo está dito. Quem poderá me entender? As vezes não importa, basta sentir.

Sono me tira de cena
porque as horas correm
o amanhã é sempre um agora
que demora
porque me faço distante
se
os pássaros dormem?
Talvez cantem amanhã.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Meus passos

Vou andando devagar. Sem pressa observo a paisagem, ainda que sejam muros ao meu redor. As vezes parece que sigo por um deserto, as vezes por um campo sem saber ao certo para que lado estou indo, ninguém me acompanha. Na solidão dos meus caminhos de sonhos por horas desenho, pinto, canto, danço, visto fantasias e imagino personagens alegres, tristes, jovens, velhos, bons ou maus. E de todas as coisas que nada são, sou o que quero ser.  Em meus passos devagar sempre chego na poesia, no cinema, no teatro, mas assim sem pressa, sem correria. Vou escrevendo minha história. Cada um nos seus passos vai seguindo seu caminho. As vezes encontro alguém tão perdido igual a mim. Engraçado. No encontro é onde me encontro. E quando juntos estamos chove no deserto, o campo floresce, tem música no ar, o vento sopra nos cabelos, o ar é azul. Nos meus passos tropeço nos meus próprios pés e caio enquanto continuas.  Levanto depois do tombo e sigo em frente. Até outros encontros com pessoas iguais a mim que seguirão comigo sem pressa na realização dos sonhos bons.

Despiértame

Despiértame musa susurrante
en nuestra eternidad compartida,
apodérate de mi pensamiento
y llévalo contigo en vuelo.
Déjame sentir el suspiro
del alma en alegría
cuando próxima sienta,
sienta tu dulce melodía.
Mientras arda el amor,
mientras viva un poeta
quisiera ser sueño infinito,
por ti acunada con canto
en noches de blancas margaritas
junto a poesías olvidadas,
ya viejas en ocres amarillos
y que para siempre vivas
en nuestra eternidad compartida.

"Despiértame", poema do livro "Esquina Del Universo" autografado pela autora Teresa Araújo na noite de 17.09.2015 na Casa de Cultura em Santana do Livramento.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Estação Cultural - um patrimônio histórico da cidade

Ao conversar com o secretário de cultura de Santana do Livramento, J.N.Canabarro, soube que ainda não haviam consertado o problema do telhado da Estação Cultural, sendo assim não retornei visita ao local, porque por fora já vi de outra vez que estive na cidade. Mas lendo informativos reescrevo aqui alguns dados: "A centenária Estação Ferroviária de Sant'Ana do Livramento foi totalmente restaurada, em uma iniciativa da América Latina Logística (ALL) com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. Trata-se de um presente à população da cidade, que agora poderá desfrutar desse novo espaço. O complexo faz parte de um projeto de turismo regional e de reintegração ferroviária do Brasil com o Uruguai". A Estação foi transformada em um espaço multi cultural, mas ainda não vi nada, sendo que só agora nestes últimos meses pude viajar até a cidade, mas visitando a Estação encontrei portas fechadas. Acredito que até final de outubro já tenham resolvido os problemas e as portas voltem a se abrir.

sábado, 5 de setembro de 2015

O mundo e as pessoas

O mundo é de Deus. Com esta frase começo a escrever para manter os bons pensamentos. Pois ao ligar a televisão vejo guerras e pessoas andando perdidas, sem rumo. Tudo parece tão distante da realidade que vivo, porque vejo o mundo de Deus. Um mundo lindo com o céu azul, o sol, a noite estrelada com um luar brilhante. árvores e flores coloridas, perfume no ar. As estradas com carros circulando, lindos carros, pessoas elegantes, belas. A chuva quando cai molhando as ruas e as plantações é toda benéfica. A natureza é uma paisagem perfeita. Assim é o mundo. Tudo é lindo no mundo. Mas algumas pessoas, muitas, não sabem viver em harmonia. E tudo desarmoniza, sendo que ninguém fica livre de estar nesta onda de desarmonia. E por isso, sentimos tantas coisas ruins que nos fazem discutir, brigar. Nós, as pessoas vivendo neste mundo tão lindo não aprendemos nada direito, nem mesmo aqueles que vivem com muito estudo e títulos, pois a prova disso é tudo que estamos vendo acontecer. O mundo não está perdido. Mas nós estamos nos perdendo, de alguma forma.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um voto de confiança

Quando em época de eleição escolho meus candidatos e vou até a urna votar estou depositando total confiança nos meus escolhidos. Sendo assim, não devo me preocupar com situações catastróficas mas acreditar que os meus escolhidos saberão encontrar soluções. Portanto desejo BOA SORTE a todos! Que encontrem soluções para salvar o Estado do RS, para salvar o Brasil. O que querem que eu faça além de ficar parada na frente da TV em tempos de eleição escutando "vote em mim"? Eu já votei. Agora espero que tudo seja melhor em segurança, saúde, educação. Um voto de confiança eu dei. Até outra hora.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sim! Eu aceito!

No dia 10 de julho, sexta-feira fui ao Teatro São Pedro assistir a peça de teatro "Sim! Eu aceito" um musical da Broadway. Até então, eu ainda não tinha assistido um musical com apenas dois atores no palco: Diogo Vilela e Silvia Massari. O musical é dirigido por Cláudio Figueira. O cenário é um quarto com a cama e alguns móveis, permanecendo o mesmo durante todo o espetáculo. A história começa com a cerimônia do casamento onde os atores cantam "pra sempre juntinhos, juntinhos pra sempre".  O casal enfrenta vários problemas desde a noite de núpcias até ficarem velhinhos. Discutem sobre a educação dos filhos, o sucesso profissional, traições, envelhecimento e brigam por causa das manias "tristes" um do outro. Tudo é contado com muito humor, impossível conter o riso em certas falas, jeitos e trejeitos dos atores. Resisto para não contar tudo, pois ficaria sem graça para quem desejar assistir. As surpresas são interessantes. A peça é uma "lição de casamento". 
Os acontecimentos são passados de forma discreta, elegante e tudo muito cômico.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Profissão Do Lar.

Para preenchimento de um formulário alguém me perguntou: - Qual a tua profissão? Então fiquei pensando: - Qual a minha profissão? Bem..ééé...pensei...o que eu sou? O que estudei? Qual a minha formação? O que eu faço com a minha formação? Fui fazer faculdade para quê? E os cursos todos para que me serviram? Ou para que me servem? E demorei um pouco para responder enquanto meu cérebro "fazia uma busca". A minha profissão pode ser contadora? Não, porque me formei na faculdade de ciências contábeis mas não exerço a profissão. Atriz? Tenho registro como profissional pelas várias atividades que já realizei (em teatro, cursos, filmes), mas não vivo deste ofício, portanto não posso considerar minha profissão. Então, pensei nos estágios como estudante de Direito, mas também não é profissão. Portanto, não tenho uma profissão definida. Devo responder então: Do Lar.
Lembro da minha mãe que respondia assim, pois ela nunca trabalhou fora. É, mas eu não queria ser "Do Lar", eu queria estudar, fazer faculdade, ter uma profissão, trabalhar fora. Mas...Qual a minha profissão? Do Lar, que mais posso dizer?  Mas estou feliz. Sou feliz assim. Amo ficar em casa, também tem muito trabalho a fazer, Depois continuo a vida "lá fora", em campo de batalha. Enquanto isso observo o mundo, acompanho as notícias, estudo idéias e planos. Estou na paz.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Redução da maioridade penal

Faz muito tempo que escuto pessoas falarem que deviam reduzir a maioridade penal. Pois, muitos jovens que se dizem "di menor" se sentem protegidos pela Lei quando não se comportam de acordo com algumas regras sociais, também acontece de serem enganados por adultos (usados para cometerem crimes), porque sendo "di menor" não vão presos.  Fiquei surpresa em ver campanha contra a redução. Claro que ninguém quer ver pessoas tão jovens sendo presas, mas isso é uma questão de educação. Acredito que a redução da maioridade penal só irá melhorar o comportamento dos jovens que já estão sendo mais maduros do que em outros tempos quando não havia tanta informação. De momento é o que penso. Mas não é questão de ser maior ou menor que diminui a criminalidade, mas a educação é que faz a diferença, o esclarecimento. 
A proposta de emenda a Constituição Federal que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos está causando muita polêmica, muitos "gritos de não, não, não".  Na verdade todos que se preocupam com este tema querem alternativas que não seja "prender". Especialistas dizem que a redução da maioridade implicará no aumento da violência. Pesquisas indicam que o modelo Institucional está falido, pois as medidas sócio - educativas não estão funcionando. As prisões estão super lotadas. Então! Que fazer? Acredito que muito já foi estudado sobre a situação de menores infratores, mas os estudos não mudam em quase nada a realidade da vida destas pessoas. Mais importante que a preocupação com os crimes é pensar na educação de forma livre e mais respeitosa. Vejam o que é a nossa sociedade atual? O que as crianças estão vendo na TV, nos filmes, na própria realidade política, econômica e social apresentada em redes sociais, internet, nas ruas com tantas reclamações, manifestações. A redução da maioridade penal pode ser uma solução, mas se for acompanhada de uma forte campanha educacional seguida de exemplos. Os exemplos devem vir principalmente dos setores públicos, das pessoas públicas, daqueles que de uma forma ou outra influenciam. Esta questão
que envolve adolescentes é mesmo gritante. Eu teria tanto para escrever sobre este assunto, mas agora estou só pensando...O que podemos esperar dos tantos jovens poucos privilegiados, sendo tratados como uns marginais quando as vezes nem são se eles não tem condições nem para se sustentarem? Ou ajudarem seus pais? E presos, muito menos. Estou só pensando...

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Constelação familiar - uma terapia breve.

          Neste final de semana à convite de uma amiga tive a oportunidade de conhecer um pouco sobre o que significa constelação familiar. Antes de qualquer comentário pesquisei alguma coisa sobre o assunto e destaco aqui um resuminho para melhor compreendermos: "A constelação familiar é uma técnica terapêutica criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta Alemão), onde reconstruímos emocionalmente a nossa árvore genealógica. Muitas das dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamento são resultados de confusões nos sistemas familiares".
         Entendendo o que é na teoria, penso no que aconteceu quando participei do trabalho terapêutico realizado na prática.  Estávamos num grupo de 10 pessoas, se não me engano. O que acontece é mais emocional e intuitivo. Percebi o quanto este trabalho é profundo apesar de breve. Conversamos sobre física quântica, energia cósmica, campo magnético. Tudo é energia em movimento. E ali estávamos receptivos a um trabalho que mexe com todas as nossas emoções de uma forma tão delicada, principalmente ao recordarmos nossos pais. O nosso sistema familiar é muito complexo, pois não sabemos dos acontecimentos passados da vida dos nossos antepassados, porém podemos estar repetindo o destino de membros de nossa família. Contudo, podemos mudar. A constelação familiar ajuda a entender um pouco os nossos problemas, as origens. Posso dizer que pela experiência vivenciada junto com o grupo pude entender um pouco melhor alguns acontecimentos da minha vida. 
A família é o primeiro grupo social que enfrentamos. Um homem, uma mulher e assim começa, pai, mãe, filho (a). E, já estamos vindo de muitos grupos familiares que foram se formando, se desfazendo, se refazendo..., e precisamos de uma estrutura. Criamos padrões. Tudo que não conseguimos enquadrar nos "padrões estabelecidos" tá errado. Imagino eu, que se uma pessoa ainda criança começar a comparar a vida dela com a de outras, logo vai perceber as muitas diferenças, principalmente nas relações familiares. A educação é a maior das prioridades na formação do ser humano. Penso em mim, na formação que recebi de meus pais, junto com meus irmãos, tudo dentro dos padrões tradicionais, mas por mais certinho que nossos pais queiram fazer as coisas parecerem para os filhos, as percepções, sentimentos e emoções que se misturam dentro do ambiente familiar é que vão ditar as regras. Muitos silêncios. Eu tinha 9 anos quando meu pai morreu. Então minha mãe ficou sempre sozinha com os filhos. A vida da minha mãe foi viver para os filhos, com os filhos sempre por perto. Meu pai em outro mundo, mas sempre meu querido pai, nenhum outro poderia ser o meu pai, de jeito nenhum. Pensando nisso olho para mim mesma agora. E procuro entender porque eu queria um relacionamento duradouro para sempre? Ah, mas eu fiz tudo errado, não mereço. Pois, não apresentei o namorado para a família, não fiquei noiva, não me casei na Igreja, tudo errado. É assim, quando as coisas acontecem fora de "como manda o figurino" acontece um desajuste emocional e também no campo magnético, mas como ajustar isso? Como melhorar ou resolver para que nossos filhos não sofram com os nossos desajustes? 
Escrevo para mostrar o que aconteceu comigo depois desta terapia, para dizer que me me preocupo com os nossos descendentes, não somente com meus filhos, mas com os filhos da nossa sociedade.
Agradecer pai e mãe sempre. Sou assim e ensinei assim para os meus filhos, mas as vezes as situações são bem estranhas...e comigo sempre foi tudo muito estranho, não consigo entender porque tenho que ser "normal", quando não me deixam ser normal, isto é, querer sonhar, adoecer sem querer, falar a verdade, querer resolver e conversar sobre o que parece estar errado...tantas coisas que não entendo e que não me importo de expor, pois sou apenas eu, querendo SER MELHOR. Posso não estar expressando exatamente o que eu queria dizer, mas faz parte de querer progredir, melhorar. E para isto é preciso não ter medo de julgamentos. Embora tendo perdido muitas coisas em todas as áreas da minha vida por ser como sou, também ganhei, principalmente a liberdade de escrever.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A música

A música preenche espaços
e faz mais colorida
a vida.
No embalo das ondas sonoras
nem sinto passarem as horas

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Eu vejo pessoas invisíveis

                         Nas aulas de ciência política, logo no início do curso de Direito discutíamos sobre os problemas sociais, políticos e econômicos de tempos antigos e modernos. Aprendemos sobre a formação dos grupos, das cidades, dos governos. Questionamos o poder.
                      Comecei a observar mais e enxergar melhor ainda o que antes já chamava a minha atenção. Sempre me preocupei com o bem social. Gosto das pessoas, sinto, sou sensível aos problemas dos outros, e quando digo "outros", to dentro. 
                            O trabalho que realizei na Defensoria Pública (estágio) foi muito marcante, sacudiu todos os meus sentidos e me fez perceber mais do que nunca do quanto eu sinto alegria em me sentir útil ajudando os outros na solução de problemas. A coisa mais importante para mim, não era aprender a ficar "craque" em elaborar petições, ou discutir leis, mas em saber ouvir, em saber o que se passa com as pessoas que buscam a justiça, o que está acontecendo na vida das pessoas, o que causa tanto sofrimento, tanta revolta. São tantas pessoas precisando de ajuda, esperando respostas. E esperando tudo de outros tão iguais, com seus problemas também. Porém, não somos todos iguais em formação, em educação, em oportunidades. 
                            O Brasil é um grande País. E isso basta. Mas atualmente os destacadamente visíveis no cenário político-econômico-social estão nos causando muita dor de cabeça.
                            A cada novo governo espera-se um mínimo de preocupação, um "olhar" para os que mais precisam, Mas este olhar percorre sobre a população e não enxerga. Qual foi a primeira coisa que o governador do Rio Grande do Sul fez depois de eleito? Quem foram os que receberam aumento de salário? Os professores? Os brigadianos? Os bancários? Claro que não. 
                      Pessoas invisíveis aos olhos da sociedade são aquelas que não percebemos a existência. Mas de acordo com as aulas de ciência política, eu vejo pessoas invisíveis, percebo a existência delas, Talvez seja por eu estar na "mesma dimensão" que elas. Posso até ser invisível nesta sociedade, mas enxergo e escuto bem, assim como muitos outros que já fizeram tudo que puderam para chamar a atenção, as manifestações de rua são um grande exemplo. Mas tem uma coisa que costumo dizer, por experiência própria: Não enxergamos aquilo que não pensamos. Portanto, se nossos políticos, nossos "representantes" não perceberem a existência do povo, não pensarem no povo, realmente, então seremos um exército invisível pelas ruas...

O retorno de Ulisses

          
          Em busca de sabedoria e conhecimento comecei os estudos numa escola de filosofia que o acaso me fez conhecer (em 2013). Digo o acaso, porque em princípio minha curiosidade era conhecer casas antigas. Foi assim que conheci a escola Nova Acrópole, escola de filosofia à maneira clássica. As aulas, os debates me deram uma nova visão, uma forma diferente de estudar filosofia, Mas não vou, neste momento me estender sobre o aprendizado na escola, pois quero falar de Ulisses.
           Na escola adquiri alguns livros para leitura, entre eles um que me proporcionou a agradável leitura sobre um mito, Ulisses. 
             No final da guerra entre gregos e Troianos, Ulisses, rei de Ítaca, retorna à Pátria em uma longa viagem de barca, com muitos obstáculos e em alguns momentos tendo que tomar difíceis decisões para superá-los. Ulisses enfrenta gigantes, tempestades, sereias, medos, dúvidas, Mas sempre em frente, pois tinha que voltar para casa, para Itaca, Nada o detinha.
            A educação também é passada através de mitos. Histórias que nos ajudam a pensar. Um herói era um modelo de educação antigamente. Nos tempos de agora não há uma busca de "fontes inspiradoras" para virtudes, valores, ética. Parece que estamos vivendo numa "era de vale tudo". Precisamos aprender a ser herói e não nos determos diante de nenhum gigante. O retorno de Ulisses serve como inspiração para termos persistência, e se o medo nos cercar então podemos nos "atar na barca" por um tempo, para resistir tentações, como fez Ulisses para não cair no canto das Sereias. 

***

"A inteligência está mais próxima em saber escolher as coisas do que saber as coisas. Escolher com base numa experiência profunda da alma".
              

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

La vita è bella

              Assisti o filme "a vida é bela" uma vez, ao acaso, na tv, mas não por completo, portanto ainda não tinha pensado num sentido para esta história, digo, num sentido para mim, pois trata-se de um filme muito elogiado pelos críticos de cinema.
            Porém, quando visitei uma amiga que havia se submetido a uma cirurgia, no hospital, ela falava tanto: a vida é bela, a vida é bela, a vida é bela. E me perguntava sobre o filme, se eu havia assistido. Pois, olha, eu nem me lembrava nada da história, só do título, então dei um jeito de assistir por completo e prestar mais atenção. 
           La vita è bella, um filme italiano (drama, 1938). A história acontece na Itália durante a segunda guerra mundial. Guido é um personagem que se apaixona por uma professora e faz tudo que pode para conquistá-la, após um encontro casual. Por fim casam-se e da relação nasce um menino. Guido é um judeu que mais tarde, juntamente com todos os judeus é encaminhado para dentro de um trem cujo destino é um campo de concentração, o filho de Guido vai junto com ele. Dora, a mulher de Guido não é escalada, mas pede para entrar no trem, No campo de concentração, Dora fica separada de Guido e o filho. 
                 Em meio aos horrores daquela guerra, no campo de concentração, Guido convence o filho de que tudo é apenas um jogo, e que para vencer o jogo é preciso seguir as regras rigorosamente, - E quando termina o jogo papai? Pergunta o menino, acreditando piamente em tudo que Guido diz, assim não percebe o que de fato está acontecendo.
                  Esta é a minha versão da história. Mas o que procurei ver também foi a mensagem para as nossas vidas. Se eu não puder mudar a realidade, posso dizer então que apesar de tudo a vida é bela,
Quando somos adultos não devemos esquecer que para uma criança a visão do mundo é diferente. Um pai que educa o filho quer mostrar um mundo bonito, sempre, em qualquer circunstância, a esperança tem que existir, tem que acreditar que a vitória um hora vai chegar. E sendo que tudo passa, tudo tem um fim, melhor seguir em frente quando se sobrevive a um "holocausto", mesmo com terríveis lembranças, porém se entre nós existem crianças que ao menos elas pensem bonito, pensem que a vida é bela e que tudo é só um jogo, seguindo as regras, vai dar tudo certo, porque a vida é bela.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

E tudo tem um fim

          O momento parece longo e eterno, seja bom ou ruim, mas tudo, tudo tem um fim. 
As horas passam lentamente, vivemos e morremos constantemente.
      Tem dias que tudo em mim se esvazia. Fico fazendo perguntas para mim mesma, esperando respostas silenciosas que me digam que eu estou bem. Na memória, lembranças não entendem que já não existem, Porque insistem?
        Recordo, mas vejo ao redor o dia de hoje, a luz que ilumina a sala faz de mim "o foco" e espera ação. Mas o que me move é escrever, ainda que eu não saiba direito o que dizer. Penso em Clarice Lispector, naquele jeito de escrever que percebo nos livros dela. Um escrever que parece correr, sempre em frente, dizendo apenas, escrevendo, seguindo, quase sem pensar, parece. Sou um ser em formação, o tempo todo buscando a evolução. 
        As vezes é bom ser um personagem, por isso gosto de teatro, de interpretar, porque posso ser outras pessoas, e preencher meu ser com sentimentos que não são meus, pensamentos de faz de conta, frases decoradas para serem ditas, dialogadas, 
          Depois de muitas leituras sobre os acontecimentos no mundo, na política principalmente, penso em qual é o "meu papel". É tão simples na ficção perguntar: - O que vou fazer? Quem vou ser? E na vida real o que é que vou fazer? Quem vou ser?
         Claro, sempre serei eu, com meu nome, minha identidade, com tudo que já fiz e faço agora, mas tudo tem um fim. E tudo que  já fiz, acabou. Não, não acabou, diz a minha voz interior. Então nesta conversa que faço com o mundo e comigo mesma, pergunto, o que devo completar?
          Fim de um texto. E tudo tem um fim.
           

Ano de 2024 e silêncios

           Mais um ano para organizar a vida com novos planos. No início deste ano comecei pedindo silêncio para todas as minhas células bar...