sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ilona Christensen

Demorei para acreditar que Ilona Christensen, minha amiga e diretora de teatro morreu, eu não sabia. É assim. Nos afastamos uns dos outros por tantos motivos que nem sentimos o tempo passar, de repente paramos para pensar nas coisas que fazíamos e lembramos dos que estavam junto com a gente. Foi assim que pensei na Ilona e vi uma mensagem noticiando o acontecimento, bem depois, mas eu não sabia, não li jornal, não vi, não tinha notícias, não fiz contatos nos últimos tempos. Então somente hoje eu aceitei que é verdade. Ilona era minha amiga, temperamento difícil, mas nos entendíamos. Formada em Artes dramáticas pela UFRGS, adorava teatro. Ilona vivia criando histórias, imaginando cenários, luzes, encenações de todas as formas, criava coisas difíceis de interpretar, mas ensinava, me fazia acreditar que eu ia conseguir. Fundou o Teatro de Bolso na casa dela, depois o Teatro Pirâmide como parte deste. Com Ilona fui atriz profissional, preparada por ela para atuar bem. Na peça de teatro infanto-juvenil "Os Meninos Verdes" eu participei interpretando uma vizinha de Cora Coralina (personagem). A peça foi uma adaptação por Ilona Christensen de um livro da poetisa Cora Coralina, levamos meses ensaiando o jeito de segurar os bonecos e conversar com eles em cena, sem mexer os lábios quando era a vez deles falarem, tinha que contracenar com os bonecos, torná-los expressivos, manipulando com cordinhas transparentes. E dançar num palco pequeno, cantando e silenciosamente contando os passos e controlando os movimentos para não bater em nada, foi difícil, mas Ilona sabia  o que ensinava, acreditava no trabalho dela, confiava. Na história do Passarinho que queria casar, então! Nem pensei que seria possível a proposta dela. Eram mais de 60 personagens para três atores, sempre conto esta história, do quanto ensaiamos para criar movimentos e vozes. Lembrar da Ilona pedindo para eu cantar com voz de passarino, falar com voz de formiga, discutir com voz de rato... me faz rir sempre. O título da peça tinha uma palavra de trás pra diante, tinha que ser assim: Um ohnirassap quer casar. A Ilona acreditava no mundo espiritual, em seres da natureza, como fadas, guinomos e duendes vivendo entre as plantações. Foi bailarina, diretora de teatro, atriz, escritora, cenógrafa, tudo ela fazia pelo teatro e ensinava. Ilona era assim, muito além. Desejo que ela esteja em harmonia, na luz, na paz de quem cumpriu a missão. Querida Ilona, muito obrigada! Seja feliz onde estiveres no teu ser espiritual.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Momento de reflexão

O que são direitos humanos? O que é a dignidade da pessoa humana? Porque buscamos o Poder Judiciário? O que nos garante a Constituição Federal?
Somos todos iguais perante a Lei?

Outras fotos

Fumaça do vulcão

Alguns palestrantes não puderam comparecer ao II Congresso Internacional de Direitos Humanos por causa da fumaça do vulcão do Chile. O aeroporto de Porto Alegre havia fechado.

Olhar criminológico

Da última palestra:
"Uma das lutas micro políticas é obter um mundo livre de drogas"
"A criminologia demonstra que a política atual é um equívoco. É preciso criar uma nova política de combate às drogas"
"Defender opções de controles diferentes das atuais"
"Como deve ser uma nova política? Não se tem resposta. É matéria em discussão"
"Prender não faz sentido"
"O Estado deve ter o controle estatal das substâncias, mas não a partir do aparato penal"
"Temos que apostar em outro regime que não seja o penal"
Estes foram os últimos temas debatidos: drogas e código penal.

O que fazer de concreto? Resposta: Educação

Direitos para todos

No último dia do II Congresso Internacional de Direitos Humanos as palestrantes falaram sobre  os temas: "Direitos humanos e sexualidade" - Marcelly Malta (Representante do Movimento LGBTT) e "Direitos para quem? Dialogando sobre prostituição de mulheres" - Elisiane Pasini (Themis/Doutora em Antropologia Social).
"Todos tem o direito de ser o que querem e ir até "além disso", buscando mudança, transformações".
Elisiane Pasini falou  que a  partir da luz das feministas as mulheres são objetos dos homens. A atividade da prostituição é vista como um abuso, uma vilência contra a mulher e para feministas acadêmicas e liberais as prostitutas fizeram uma escolha. A prostituição é vista como uma profissão, um contrato. É preciso construir uma sociedade com direitos para todos.
Marcelly Malta é presidente de ONG/RS, organização dos travestis e transsexuais. Disse que 98% das Travestis são ainda profissionais do sexo. Em função do preconceito poucas frequentam as escolas. A nível nacional menos de 10% frequentam curso superior. Existem um milhão e trezentos travestis a nível nacional.
Se descobrem ao longo do tempo. Na questão de discriminação e preconceito passou por muitas dificuldades. Quando tinha 15 anos perguntou para uma pessoa que conheceu: - O que eu sou?
Ouviu como resposta: - Tu é uma travesti. O nome social é o nome escolhido para ser chamada, mas tem que ter autorizaão do Ministério Público.  "Só nós sabemos a dor de ser o que somos".

domingo, 19 de junho de 2011

A vida dos outros

Houve exibição do filme A VIDA DOS OUTROS (Das Leben der Anderson - 2006), durante uma tarde no Congresso, com debates no final. Eu quero assistir o filme outra vez, não tem muito que eu lembre agora. Sei que o filme ganhou oscar. Os debatedores falaram sobre os critérios  para concorrer ao oscar. É preciso, por exemplo, falar sobre um determinado período do País, época. Brasileiro para concorrer a oscar tem que falar de favela. A Divisão Internacional de Trabalhos Cinematográficos quer o que entendem ser interessante para o resto do mundo. "A história que o filme conta é muito complexa. Não é uma história dividida entre os homens bons e os maus." O filme mostra um governo controlador. Agentes secretos espionavam os que eram contra as idéias do govervo, os socialistas. Tudo era "espiado". Na apresentação de uma peça de teatro estava presente o Ministro da Cultura e também um agente do governo. O Ministro ficou interessado na atriz da peça e sabendo que ela era namorada do diretor, pediu a um agente que desse um jeito de tirar o diretor do caminho. Um dramaturgo que estava no teatro não era bem aceito pelo governo, acabou "cometendo suicídio". a história é difícil de contar, eu precisaria assistir outras vezes. Mas disse um dos debatedores:  O filme mostra o grande fracasso da idéia revolucionária. Uma imagem de desumanização, com perda da personalidade. O sistema é tão nefasto que funciona mal até para quem tá no jogo. O cara tem o azar do ministro da cultura se apaixonar pela mulher dele. O dramaturgo estava aceitando a corrupção. O diretor de teatro começou a escrever escondido, procurando através do teatro denunciar a corrupção, mas era espionado o tempo todo através de câmeras escondidas, agentes se revesavam dia e noite escutando as conversas. A atriz tinha que "sair" com o ministro ou nunca mais ia pisar num palco. Quando os artistas conseguiram enviar um texto para publicação, a "coisa ficou preta". A atriz acabou tendo que contar onde escondiam uma "tal máquina de escrever". Então, logo depois que agentes do governo fizeram uma busca na casa dela, vi a cena mais terrível. A mulher saiu e quando atravessava a rua veio o caminhão do governo "a mil" e a atropelou. Ficou no meio da rua, morrendo, sangrando, ainda falou alguma coisa para o agente que sempre ia ao teatro. O final do filme é surpreendente. Fiquei pensando na vida...

Fotos (3)

Fragmentos de um Congresso

Como uma nuvem que começa a se desfazer asim estão ficando os assuntos sobre o II Congreso Internacional de Direitos Humanos na minha memória. Estou escrevendo através de algumas anotações que já transformei em folhas soltas onde já não encontro o fim e o começo dos assuntos. Então fica assim, fragmentos de um Congresso.
"Não existem mecanismos universalmente garantidos no âmbito da proteção internacional. A nacionalidade é muito importante para a proteção".
"As coisas nos dão valor e não,  nós damos valor as coisas"
"As pessoas pensam em se formar numa faculdade e passar num concurso para ter segurança"
"Incluido pela exclusão - para estar na lei, teria que sair fora da lei."
"Reconstrução - ver o outro como diferente de mim, deixar o outro ser, libertado e me sentir liberto"
"Ninguém errou tanto quanto aquele que não fez porque achou que faria muito pouco"
             
Se precisamos nos reconstruir, reformar os pensamentos, então quero dividir com o mundo um pouco das coisas que vou aprendendo, ouvindo, lendo, vendo, vivendo...e assim acredito estar fazendo a minha parte por um mundo melhor e mais justo.

sábado, 18 de junho de 2011

Pena de morte

Nos Estados Unidos a pena de morte só é inconstitucional se for considerada indigna, falava um dos palestrantes. Não pode matar sem o devido processo legal.
Na Alemanha não existe pena de morte em hipótese alguma.
No Brasil não existe pena de morte, mas existe um "salvo se".
Uma interessante observação foi o palestrante comentar que a Suprema Corte dos EUA determinou o esvaziamento de prisões na Califórnia porque ninguém pode ser submetido a tratamento degradante. E ajeitou todos os presos num determinado lugar, cada um tendo uma cama para dormir, um canto limpo para ficar. Fizeram comparações com a situação das prisões aqui no Brasil falando que os presos vivem em situações bem mais degradantes ainda que as apontadas nos Estados Unidos, mas no Brasil não concordam com pena de morte. Nos EUA a mesma suprema corte que justifica a soltura de presos pratica pena de morte, desde que não seja cruel e desumana (não cause sofrimento). CONTRADIÇÕES.

A dignidade da pessoa humana

Quando falamos "pessoa humana" parece erro, não é mesmo? Dizia um professor de português que falar assim é redundância, se é pessoa só pode ser humana, mas na linguagem jurídica existe uma explicação para isto, um dos motivos é para distinguir de pessoa jurídica, e tem mais história sobre este assunto que não quero comentar agora. Mas vamos pensar um pouco sobre a dignidade da pessoa humana, no limite do que foi comentado no II Congresso Internacional de Direitos Humanos.

O que foi dito:
Noção de dignidade da pessoa humana. Conceito de matriz ocidental: "É uma dádiva"
Cícero (Roma) - A dignidade é vista como um elemento móvel. É o prestígio que o homem tem perante a sociedade. O homem vale pelo que representa para a sociedade.
Para Santo Tomás de Aquino a pessoa podia decair de sua dignidade.
Para Kant dignidade é mais um dever que um direito. O ser humano tem um fim em si mesmo.
"A dignidade não se destrói pela mera obstenção do Estado. É um marco do Direito fundamental comtemporâneo". O Estado existe em função do homem e não o homem em função do Estado"
É dever do Estado protegê-la, respeitá-la

Mas o que significa dignidade da pessoa humana afinal?
É um princípio jurídico objetivo? É princípio e direito fundamental?
Na Alemanha princípios jurídicos e direitos fundamentais são bem diferentes.
"A dignidade da pessoa humana é cultural e construída"
Ninguém tem um conceito exato para o que é a dignidade da pessoa humana.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fotos (2) - Congresso

Quanto aos julgamentos.

Perguntas feitas pelo auditório (II Congresso Internacional) quanto a sentenças e julgamentos ocasionaram os seguintes comentários:
"Devemos evoluir para um sistema de coisa julgada - prós e contras".

"Julgar exige tempo. Os juizes de hoje não tem tempo. Os juizes não tem culpa de não terem tempo"

"A condenação de muitos não é só culpa de uma defensoria pública, mas envolve muitas coisas, o meio onde uma pessoa nasce e cresce, por exemplo".

Encerramento da palestra do desembargador do TJRS, Tesheiner: "Não é a melhor visão, mas uma apresentação sincera em função do que vi e vivi".

Acesso dos pobres ao Poder Judiciário

Ainda da palestra do desembargador do TJRS, José Maria Rosa Tesheiner.
O judiciário dividido em fases, assim entendi, tem como primeira fase a preocupação com o acesso dos pobres ao Poder Judiciário, segunda fase o de judicializar os interesses difusos que envolvem fatos da natureza e na terceira fase vem a preocupação com a efetividade do processo, que é a que estamos vivendo agora, e não "um novo código de processo civil". Cada um desses tópicos com seus prós e contras. O desmbargador deu um exemplo, citando um famoso ditado: "Melhor ensinar a pescar do que dar um peixe". É, isto pode ser bom, mas não para o peixe.

Quanto a DEFENSORIA PÚBLICA:
A Defensoria Pública é um aparato que temos hoje no Brasil como um Órgão de defender os pobres. Mas não é "uma função" de defender os pobres disse Tesheiner, MAS UMA DEFESA DA CIDADANIA. Diz Tesheiner que não é contra a assistência, mas tem uma preocupação com a ADVOCACIA PRIVADA.
Se a Defensoria Pública vier a cobrir 80% da assistência que será do advogado? O MINISTÉRIO PÚBLICO está atuando na esfera das ações coletivas. Estes são dois fatores que ameaçam a advocacia privada, conclui o desembargador.

"QUANTO TEMPO É PRECISO PARA APRENDER A CONCILIAR E NEGOCIAR?"

Acesso à Justiça

Faz pouco recebi uma conta para pagar. A questão é que já paguei e tenho que ver o comprovante de pagamento para ir no local mostrar, não adianta falar. É assim, para tudo tem que ter as provas. O sistema informatizado não é seguro, então "levamos os nossos comprovantes" e escutamos umas desculpas pelos "erros do sistema". Também aparecem contas de telefones que não sei de onde tiram, ah! vai ver "foi um erro do sistema". Mas quem não se cuida terá que buscar "a justiça". E porque não se cuidam? Ora, porque confiamos. Sempre penso que se eu não confiar no ser humano, vou confiar em quem? Nos cachorrinhos e gatinhos, tão somente? Queremos que tudo aconteça bem e de forma boa em nossas vidas, mas...mas.
E para que serve o Poder Judiciário? Todos querem o que é justo. Todos tem direito ao acesso à justiça.
Voltando aos assuntos do II Congresso Internacional de Direitos Humanos que aconteceu na Ulbra, chego a perder a vontade de continuar escrevendo quando penso que tudo não passa de UTOPIA. Mas vamos continuar, assim como a vida continua...

Eclipse lunar



Logo após o pôr-do-sol haverá um eclipse lunar. É o sol projetando a sombra da terra na lua no dia de hoje. Vamos observar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Foto (Congresso)

"Precisamos construir uma sociedade menos individualista, mais solidária e justa, com menos litígio. Processo é uma doença, não é uma justiça." (Tesheiner).

domingo, 12 de junho de 2011

De volta ao II Congresso Internacional (continuação)

Continuação da palestra  de José Maria Rosa Tesheiner (Desembargador do TJRS) - Acesso à Justiça.
Processos tem custas, em função destes muitos vivem. Quanto ao Ministéio Público, Tesheiner falou que estavam exercendo mal as atribuiões para o Estado. Na esfera penal dizia mais respeito aos pobres, mas com muita inteligência política foram em busca de atribuições. Atualmente não há outro País com um Ministério Público tão atraente e forte como no Brasil. Adotando as idéias de Cappelletti (autor italiano), evoluimos muito, disse ele. A partir da Constituição Federal de 1988 tivemos o fenômeno da democratização da justiça, mas nem tudo é bom sobre todos os aspectos. Existe um estímulo a litigiosidade, comentava, então, o Des. Tesheiner.

"Estamos nos tornando uma sociedade terrivelmente litigiosa, o que torna desconfiança."

A idéia de levar tudo a justiça não parece algo positivo. O judiciário está afogado de ações, processos. É preciso encontrar soluções extrajudiciais. O que não nos damos conta é que qualquer um de nós pode virar réu, e dentro de uma situação que pode durar anos. Nem tudo se resolve por via judicial.
Encerrou a palestra falando sobre o sistema de saúde: O sistema de saúde aguarda a defesa do Estado, não era melhor entregar o remédio de uma vez?

"O Direito tão somente pensado nada acresce"


E nós vivendo, vendo e aprendendo.



Para sonhar...

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...



Pessoa linda

Sendo que não tenho namorado, publico aqui esta linda mensagem
para todas as "pessoas lindas" da minha vida. Um BEIJO DE LUZ
neste dia dos namorados.

Antes que o dia termine

Feliz dia dos namorados para quem está namorando, amando, querendo bem...

Direitos Humanos e Acesso à Justiça

José Maria Rosa Tesheiner, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul falou sobre o tema "Acesso à Justiça". Disse que "o título é um tanto assustador". Uma idéia bem própria do positivismo é que não deveríamos nos preocupar com a justiça, cada um tem uma idéia própria do que é justo ou injusto, falava o desembargador Tesheiner. Formado em 1958 comparou a justiça de agora com a de tempos passado. Conceituou "justiça" segundo um professor de sua época de estudante como sendo a conformidade de uma relação com o bem comum. A tendência na época era trabalhar o Direito como consciência. Havia "uma inveja" da ciência exata, pensaram: "vamos fazer algo parecido". Citou Pontes de Miranda "não se faz ciência sem conceitos precisos", o desembargador falou da água como exemplo, não se pergunta se é pura, mineral, suja, água é H2O. Na mudança que se operou não só no Brasil como na Europa abandonou-se a idéia de ciência e passou-se a pensar no Direito de um modo mais político de ver as coisas. Como estudante trabalhou bastante na assistência judiciária. Antes, os cartórios eram privados. Os juizes viam com maus olhos os advogados como assistentes judiciários, porque cada processo que tinha a assistência judiciária obrigava os servidores a trabalharem de graça. O Poder Judiciário, explicava ele, é também um meio de vida, não é um ideal. Os que trabalham no foro, trabalham para viver. É uma profissão...(continua)

"Não se pode pensar em Poder Judiciário como algo caído do céu para salvar nós mortais. Processo envolve interesses".

Foto é Fato


Vou falar do II Congresso Internacional de Direitos Humanos, organizado pela coordenação do curso de Direito da Ulbra, através das fotos. Uma foto é um fato. No primeiro dia do congresso "as pilhas" da máquina falharam. Mas depois, tudo bem. Na sexta-feira, estava no auditório a palestrante Alessia Magliacane, mestre em Direito Comparado Europeu e em Gestão de Mediação de Conflitos. Foi ela quem deu início aos debates falando sobre o tema Sociedade e Liberdade no Estado Democrático, na Quinta-feira, dia da abertura oficial. 
"Iguais na diferença", um tema para discutir.
Alessia falou sobre Teoria das Capacidades. O princípio da capacidade, "de poder fazer" de cada um. Iguais na capacidade, diferença na liberdade. As escolhas foram condicionadas ao meio em que a pessoa vive. Na abordagem econômica não é possível o desenvolvimento. É preciso construir um espaço para discutir as capacidades, não dentro de uma visão fechada. O diálogo deve ser construtivo para todos. Precisamos encontrar um caminho para a capacidade do ser humano deixar de ser limitada, que todos possam ter a capacidade de poder fazer. Devemos buscar meios de solidariedades para descobrirmos juntos formas de desenvolvimento. A idéia de igualdade na diferença oferece as pessoas o desenvolvimento da capacidade plena. Alessia Magliacane falava que cada um é oprimido, é preciso uma liberdade libertadora "ampliar a nossa compreensão na própria qualidade de vida, ter auto-compreensão, dentro de um processo de libertação".

"O SER HUMANO DEVE SER VISTO COMO UM FIM E NÃO COMO UM MEIO. NUNCA DEIXAR UMA PESSOA DECIDIR SOZINHA SOBRE O PRÓPRIO DESTINO"

sábado, 11 de junho de 2011

II Congresso Internacional

Começou ontem, na Ulbra Canoas o II Congresso Internacional de Direitos Humanos e vai até amanhã, sábado dia 11 de junho. Cheguei em casa nesta sexta-feira bem cansada, pois passei o dia envolvida, atenta as informações. No saguão do prédio 1 estão expostos cartazes sobre o período da Ditadura. Os temas propostos e os debates tem sido bem interessantes. Estou organizando as idéias para transmitir o melhor possível através de postagens aqui no blog, logo mais.

domingo, 5 de junho de 2011

Mostra Interativa Nem Tão Doce Lar

Período: (18 de maio à 3 de junho, das 9h à 21h15) Mais um tempo para visita até sexta-feira (10).
"Através da representação de um ambiente doméstico, onde tudo está em ordem aparente, são identificados indícios e provas de violência familiar. Desta forma, se busca denunciar que a violência pode acontecer em qualquer lar e que ninguém está isento."

O tema "violência" é bem desagradável. Mas quando passei pela "casa montada" no salão do prédio 06 da Ulbra/Canoas, depois da aula de inglês, no sábado, não foi só por curiosidade que parei, mas para ver e refletir sobre o assunto.
A Mostra Interativa Nem Tão Doce Lar é promovida pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários: "Salientamos a importância de tal evento na formação de cidadãos comprometidos com a realidade que os cerca, tendo como perspectiva a intervenção e a transformação social."
Uma casa  sem janela, disse Simone Imperadone, gerente de projetos da pró-reitoria de extensão, significando a situação de refén vivida por muitas mulheres.
É um assunto complicado e delicado, já nem penso em situações de marido e mulher, mas "num todo".
Vivemos numa sociedade machista onde meninos são educados para lutar, falava Simone mostrando brinquedos espalhados em cima de uma mesinha de sala onde apareciam soldados, armas, carros, e meninas
para serem submissas, ficando em casa brincando de casinha, de boneca, bem quetinhas, também haviam brinquedos demonstrando. Desta forma, para as mulheres as coisas vão sendo mais difíceis por natureza, "quanto preconceito". Até vi na lembrança, alguns episódios da minha vida.
No dia 07 de agosto de 2006 foi sancionada no Brasil a Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, um instrumento para proteger as mulheres contra a violência. Cá entre nós, é simples assim? Denunciar e mandar prender? Violência doméstica envolve familiares, crianças, idosos, CÉUS O QUE FAZER? Nem vou divulgar meios de ajuda neste momento em que escrevo e me sensibilizo, como talvez devesse, mas vejo tudo como "questão de educação, consideração, saúde,emprego, respeito...". Agora, desculpe mas eu vou chorar.

Ordem DeMolay

Meu filho me entregou um panfleto a algum tempo sobre a Ordem DeMolay logo após ter recebido o convite para ser membro. Então comecei a estudar sobre o assunto.
A HISTÓRIA
A Ordem DeMolay é uma organização (fraternidade) paramaçônica masculina de jovens e foi oficialmente fundada em 1919, na cidade de Kansas City, no Estado do Missouri, Estados Unidos da América, pelo Maçom Frank Scherman Land e teve o auxílio do Maçom e membro da Ordem da Estrela do Oriente, Frank Arthur Marshall, na criação dos Rituais da Ordem. Esta bela Ordem iniciática conta desde seu início com o imprescindível apoio e patrocínio da Maçonaria Americana, mais particularmente das Grandes Lojas.

Resumo da ópera, EU NÃO GOSTEI. Por vários motivos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Greve

Tenho visto as manifestações dos servidores do Poder Judiciário. Hoje quando passei em frente ao Tribunal de Justiça na minha ida para o foro central escutei as músicas que colocam no auto-falante: "eeee vida de gado povo marcado eeee povo feliz...", "caminhando e cantando e seguindo a canção somos todos soldados armados ou não...", "eu sou a mosca que caiu na sua sopa...", prestei atenção nas letras tentando "captar" a mensagem. O que estão pedindo? Ora, chamam a atenção para a luta dos trabalhadores. Certo. Mas, resumindo, tudo isto é uma busca de entendimento, de uma negociação justa. Mas é uma situação bastante delicada. Os cartórios estão lotados de processos e com poucos servidores para darem conta de tanto trabalho, são poucos os que estão saindo para a greve combinada das quartas-feiras, se todos sairem vai mesmo parar o judiciário, vai ser um atraso geral de tudo, Santo Cristo! Mas a greve é um direito garantido pela Constituição Federal.

Ano de 2024 e silêncios

           Mais um ano para organizar a vida com novos planos. No início deste ano comecei pedindo silêncio para todas as minhas células bar...