quinta-feira, 16 de abril de 2015

A música

A música preenche espaços
e faz mais colorida
a vida.
No embalo das ondas sonoras
nem sinto passarem as horas

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Eu vejo pessoas invisíveis

                         Nas aulas de ciência política, logo no início do curso de Direito discutíamos sobre os problemas sociais, políticos e econômicos de tempos antigos e modernos. Aprendemos sobre a formação dos grupos, das cidades, dos governos. Questionamos o poder.
                      Comecei a observar mais e enxergar melhor ainda o que antes já chamava a minha atenção. Sempre me preocupei com o bem social. Gosto das pessoas, sinto, sou sensível aos problemas dos outros, e quando digo "outros", to dentro. 
                            O trabalho que realizei na Defensoria Pública (estágio) foi muito marcante, sacudiu todos os meus sentidos e me fez perceber mais do que nunca do quanto eu sinto alegria em me sentir útil ajudando os outros na solução de problemas. A coisa mais importante para mim, não era aprender a ficar "craque" em elaborar petições, ou discutir leis, mas em saber ouvir, em saber o que se passa com as pessoas que buscam a justiça, o que está acontecendo na vida das pessoas, o que causa tanto sofrimento, tanta revolta. São tantas pessoas precisando de ajuda, esperando respostas. E esperando tudo de outros tão iguais, com seus problemas também. Porém, não somos todos iguais em formação, em educação, em oportunidades. 
                            O Brasil é um grande País. E isso basta. Mas atualmente os destacadamente visíveis no cenário político-econômico-social estão nos causando muita dor de cabeça.
                            A cada novo governo espera-se um mínimo de preocupação, um "olhar" para os que mais precisam, Mas este olhar percorre sobre a população e não enxerga. Qual foi a primeira coisa que o governador do Rio Grande do Sul fez depois de eleito? Quem foram os que receberam aumento de salário? Os professores? Os brigadianos? Os bancários? Claro que não. 
                      Pessoas invisíveis aos olhos da sociedade são aquelas que não percebemos a existência. Mas de acordo com as aulas de ciência política, eu vejo pessoas invisíveis, percebo a existência delas, Talvez seja por eu estar na "mesma dimensão" que elas. Posso até ser invisível nesta sociedade, mas enxergo e escuto bem, assim como muitos outros que já fizeram tudo que puderam para chamar a atenção, as manifestações de rua são um grande exemplo. Mas tem uma coisa que costumo dizer, por experiência própria: Não enxergamos aquilo que não pensamos. Portanto, se nossos políticos, nossos "representantes" não perceberem a existência do povo, não pensarem no povo, realmente, então seremos um exército invisível pelas ruas...

O retorno de Ulisses

          
          Em busca de sabedoria e conhecimento comecei os estudos numa escola de filosofia que o acaso me fez conhecer (em 2013). Digo o acaso, porque em princípio minha curiosidade era conhecer casas antigas. Foi assim que conheci a escola Nova Acrópole, escola de filosofia à maneira clássica. As aulas, os debates me deram uma nova visão, uma forma diferente de estudar filosofia, Mas não vou, neste momento me estender sobre o aprendizado na escola, pois quero falar de Ulisses.
           Na escola adquiri alguns livros para leitura, entre eles um que me proporcionou a agradável leitura sobre um mito, Ulisses. 
             No final da guerra entre gregos e Troianos, Ulisses, rei de Ítaca, retorna à Pátria em uma longa viagem de barca, com muitos obstáculos e em alguns momentos tendo que tomar difíceis decisões para superá-los. Ulisses enfrenta gigantes, tempestades, sereias, medos, dúvidas, Mas sempre em frente, pois tinha que voltar para casa, para Itaca, Nada o detinha.
            A educação também é passada através de mitos. Histórias que nos ajudam a pensar. Um herói era um modelo de educação antigamente. Nos tempos de agora não há uma busca de "fontes inspiradoras" para virtudes, valores, ética. Parece que estamos vivendo numa "era de vale tudo". Precisamos aprender a ser herói e não nos determos diante de nenhum gigante. O retorno de Ulisses serve como inspiração para termos persistência, e se o medo nos cercar então podemos nos "atar na barca" por um tempo, para resistir tentações, como fez Ulisses para não cair no canto das Sereias. 

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"A inteligência está mais próxima em saber escolher as coisas do que saber as coisas. Escolher com base numa experiência profunda da alma".
              

Ano de 2024 e silêncios

           Mais um ano para organizar a vida com novos planos. No início deste ano comecei pedindo silêncio para todas as minhas células bar...