sexta-feira, 19 de junho de 2015

Profissão Do Lar.

Para preenchimento de um formulário alguém me perguntou: - Qual a tua profissão? Então fiquei pensando: - Qual a minha profissão? Bem..ééé...pensei...o que eu sou? O que estudei? Qual a minha formação? O que eu faço com a minha formação? Fui fazer faculdade para quê? E os cursos todos para que me serviram? Ou para que me servem? E demorei um pouco para responder enquanto meu cérebro "fazia uma busca". A minha profissão pode ser contadora? Não, porque me formei na faculdade de ciências contábeis mas não exerço a profissão. Atriz? Tenho registro como profissional pelas várias atividades que já realizei (em teatro, cursos, filmes), mas não vivo deste ofício, portanto não posso considerar minha profissão. Então, pensei nos estágios como estudante de Direito, mas também não é profissão. Portanto, não tenho uma profissão definida. Devo responder então: Do Lar.
Lembro da minha mãe que respondia assim, pois ela nunca trabalhou fora. É, mas eu não queria ser "Do Lar", eu queria estudar, fazer faculdade, ter uma profissão, trabalhar fora. Mas...Qual a minha profissão? Do Lar, que mais posso dizer?  Mas estou feliz. Sou feliz assim. Amo ficar em casa, também tem muito trabalho a fazer, Depois continuo a vida "lá fora", em campo de batalha. Enquanto isso observo o mundo, acompanho as notícias, estudo idéias e planos. Estou na paz.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Redução da maioridade penal

Faz muito tempo que escuto pessoas falarem que deviam reduzir a maioridade penal. Pois, muitos jovens que se dizem "di menor" se sentem protegidos pela Lei quando não se comportam de acordo com algumas regras sociais, também acontece de serem enganados por adultos (usados para cometerem crimes), porque sendo "di menor" não vão presos.  Fiquei surpresa em ver campanha contra a redução. Claro que ninguém quer ver pessoas tão jovens sendo presas, mas isso é uma questão de educação. Acredito que a redução da maioridade penal só irá melhorar o comportamento dos jovens que já estão sendo mais maduros do que em outros tempos quando não havia tanta informação. De momento é o que penso. Mas não é questão de ser maior ou menor que diminui a criminalidade, mas a educação é que faz a diferença, o esclarecimento. 
A proposta de emenda a Constituição Federal que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos está causando muita polêmica, muitos "gritos de não, não, não".  Na verdade todos que se preocupam com este tema querem alternativas que não seja "prender". Especialistas dizem que a redução da maioridade implicará no aumento da violência. Pesquisas indicam que o modelo Institucional está falido, pois as medidas sócio - educativas não estão funcionando. As prisões estão super lotadas. Então! Que fazer? Acredito que muito já foi estudado sobre a situação de menores infratores, mas os estudos não mudam em quase nada a realidade da vida destas pessoas. Mais importante que a preocupação com os crimes é pensar na educação de forma livre e mais respeitosa. Vejam o que é a nossa sociedade atual? O que as crianças estão vendo na TV, nos filmes, na própria realidade política, econômica e social apresentada em redes sociais, internet, nas ruas com tantas reclamações, manifestações. A redução da maioridade penal pode ser uma solução, mas se for acompanhada de uma forte campanha educacional seguida de exemplos. Os exemplos devem vir principalmente dos setores públicos, das pessoas públicas, daqueles que de uma forma ou outra influenciam. Esta questão
que envolve adolescentes é mesmo gritante. Eu teria tanto para escrever sobre este assunto, mas agora estou só pensando...O que podemos esperar dos tantos jovens poucos privilegiados, sendo tratados como uns marginais quando as vezes nem são se eles não tem condições nem para se sustentarem? Ou ajudarem seus pais? E presos, muito menos. Estou só pensando...

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Constelação familiar - uma terapia breve.

          Neste final de semana à convite de uma amiga tive a oportunidade de conhecer um pouco sobre o que significa constelação familiar. Antes de qualquer comentário pesquisei alguma coisa sobre o assunto e destaco aqui um resuminho para melhor compreendermos: "A constelação familiar é uma técnica terapêutica criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta Alemão), onde reconstruímos emocionalmente a nossa árvore genealógica. Muitas das dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamento são resultados de confusões nos sistemas familiares".
         Entendendo o que é na teoria, penso no que aconteceu quando participei do trabalho terapêutico realizado na prática.  Estávamos num grupo de 10 pessoas, se não me engano. O que acontece é mais emocional e intuitivo. Percebi o quanto este trabalho é profundo apesar de breve. Conversamos sobre física quântica, energia cósmica, campo magnético. Tudo é energia em movimento. E ali estávamos receptivos a um trabalho que mexe com todas as nossas emoções de uma forma tão delicada, principalmente ao recordarmos nossos pais. O nosso sistema familiar é muito complexo, pois não sabemos dos acontecimentos passados da vida dos nossos antepassados, porém podemos estar repetindo o destino de membros de nossa família. Contudo, podemos mudar. A constelação familiar ajuda a entender um pouco os nossos problemas, as origens. Posso dizer que pela experiência vivenciada junto com o grupo pude entender um pouco melhor alguns acontecimentos da minha vida. 
A família é o primeiro grupo social que enfrentamos. Um homem, uma mulher e assim começa, pai, mãe, filho (a). E, já estamos vindo de muitos grupos familiares que foram se formando, se desfazendo, se refazendo..., e precisamos de uma estrutura. Criamos padrões. Tudo que não conseguimos enquadrar nos "padrões estabelecidos" tá errado. Imagino eu, que se uma pessoa ainda criança começar a comparar a vida dela com a de outras, logo vai perceber as muitas diferenças, principalmente nas relações familiares. A educação é a maior das prioridades na formação do ser humano. Penso em mim, na formação que recebi de meus pais, junto com meus irmãos, tudo dentro dos padrões tradicionais, mas por mais certinho que nossos pais queiram fazer as coisas parecerem para os filhos, as percepções, sentimentos e emoções que se misturam dentro do ambiente familiar é que vão ditar as regras. Muitos silêncios. Eu tinha 9 anos quando meu pai morreu. Então minha mãe ficou sempre sozinha com os filhos. A vida da minha mãe foi viver para os filhos, com os filhos sempre por perto. Meu pai em outro mundo, mas sempre meu querido pai, nenhum outro poderia ser o meu pai, de jeito nenhum. Pensando nisso olho para mim mesma agora. E procuro entender porque eu queria um relacionamento duradouro para sempre? Ah, mas eu fiz tudo errado, não mereço. Pois, não apresentei o namorado para a família, não fiquei noiva, não me casei na Igreja, tudo errado. É assim, quando as coisas acontecem fora de "como manda o figurino" acontece um desajuste emocional e também no campo magnético, mas como ajustar isso? Como melhorar ou resolver para que nossos filhos não sofram com os nossos desajustes? 
Escrevo para mostrar o que aconteceu comigo depois desta terapia, para dizer que me me preocupo com os nossos descendentes, não somente com meus filhos, mas com os filhos da nossa sociedade.
Agradecer pai e mãe sempre. Sou assim e ensinei assim para os meus filhos, mas as vezes as situações são bem estranhas...e comigo sempre foi tudo muito estranho, não consigo entender porque tenho que ser "normal", quando não me deixam ser normal, isto é, querer sonhar, adoecer sem querer, falar a verdade, querer resolver e conversar sobre o que parece estar errado...tantas coisas que não entendo e que não me importo de expor, pois sou apenas eu, querendo SER MELHOR. Posso não estar expressando exatamente o que eu queria dizer, mas faz parte de querer progredir, melhorar. E para isto é preciso não ter medo de julgamentos. Embora tendo perdido muitas coisas em todas as áreas da minha vida por ser como sou, também ganhei, principalmente a liberdade de escrever.

Ano de 2024 e silêncios

           Mais um ano para organizar a vida com novos planos. No início deste ano comecei pedindo silêncio para todas as minhas células bar...