sábado, 21 de abril de 2012

Alguém

Durante nossa caminhada neste mundo passamos por várias fases na vida. Da infância até a adolescência  acreditamos que temos uma vida inteira pela frente. Os estudos são os primeiros planos colocados em prática para o desnvolvimento do nosso caráter. Aprendemos que é muito importante estudar para ser alguém na vida. Este "alguém" é ter uma profissão que  vai nos dar condições de ter independência financeira, entenda-se desta forma. Com o tempo continuamos a estudar cada vez mais na busca de melhorar nosso padrão de vida, não é assim? Ou simplesmente por prazer. Quem já não escutou: 'Estuda meu filho pra ser alguém na vida". Fazer um concurso parece que tem sido a coisa mais importante do mundo na busca por estabilidade econômica. E cursar uma faculdade para encontrar uma boa colocação no mercado de trabalho dentro da iniciativa privada. Ainda podemos falar nas oportunidades de estágios dentro da área que estudamos. Tudo, tudo para evoluir, melhorar de vida, pelo menos ter condições de sobreviver. Já passei por todas as fases e crises da vida de juventude. Hoje, neste dia de hoje enquanto estudo faço pausas para pensar porque estudo tanto? Escrevo ao mesmo tempo que descanso e minha vontade é de dormir numa noite de sábado e acordar bem tarde no domingo. Mas o tempo passa e eu preciso ficar com o tempo agora, sem desperdícios, mas estou aqui, desperdiçando. Faço isso porque quero compartilhar um pouco desta angústia de não saber para onde estou sendo levada pelo destino. Sim, há um destino, algo que foge de nossas escolhas. Um "chamado" talvez. Sempre fugi da área jurídica, mas sempre fui chamada para trabalhos na área, mesmo quando nem tinha faculdade nenhuma. Em meio a  livros de doutrinas e processos me pergunto onde vou parar? Voltando para o início do texto, quando digo que é muito importante estudar para "ser alguèm", penso de onde inventaram esta expressão: 'ser alguém". Sempre somos alguém, únicos, insubstituíveis. Todos nós somos alguém e tudo que fazemos apenas nos acrescenta conhecimento. E continuo os estudos...associando a realidade da vida.

Um comentário:

  1. Caríssima Noemi, hoje, após ter passado por um tenso momento na sexta-feira a noite, em um shopping onde uma "autoridade", militar de alta patente, levado pelo mau caráter,bateu propositalmente na lateral de meu carro, li com atenção tua postagem e concordo plenamente com o que escreveste. Estudar sim, mas infelizmente o estudo não modela o caráter dos maus cidadãos, por outro lado conheço verdadeiros doutores que, como o falecido e digno Ari Malmann Saldanha que não tinham sequer completado o ensino fundamental. No caso de Ari tinha apenas o 4º ano primário e era seguidamente convidado a proferir palestras em Universidades. Mas sou um dos poucos que veem os invisíveis. Os ivisíveis são aqueles que pelo infortúnio não conseguiram estudar e hoje ocupam as funções menos privilegiadas, garis, catadores, porteiros, serventes, e outros. Mais me preocupo com esses excluidos que se tivessem estudado seriam chamados de doutores. Infezmente a vida é assim. Temos que estudar, fazer o que nós dois estamos sempre fazendo, estudando, estudando, estudando sempre.

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