
que desabou sobre a cidade acordei não sabendo de nada, pois para mim tinha chovido um pouco durante a noite, sem problemas, e o meu sono foi tranquilo. Mas quando liguei a Tv para assistir o jornal do almoço foi que vi os estragos, contudo, pensei, que bom que para mim não faltou luz, nem água, tudo está bem, graças a Deus. Continuei meus trabalhos de rotina, tudo no paraíso. Porém enquanto eu lavava a louça como se nada tivesse acontecido, a torneira parou de correr água. Senti um arrepio de ficar com os cabelos em pé. Então percebi o quanto podemos ser egoístas quando para nós nada afeta. Levei um susto com a minha falta de preocupação naquele momento, mas me sentindo atingida saí do paraíso para olhar melhor o mundo ao redor, os acontecimentos do lado de fora, o problema dos outros. Os outros que estavam enfrentando o mesmo problema que eu certamente entenderiam as minhas necessidades e vice versa. Os que estavam sem problema nenhum em se tratando das conseqüências do temporal seriam solidários. Mas o que a gente vê mais nestes casos? Eu vi muitas filmagens e fotos terríveis, da janela do meu paraíso (meu mundo feliz). Não vou reclamar da natureza, mas depois de um dia sem água achei bom fazer um alerta para a Prefeitura. Por fim, tudo se normalizou na minha rotina, na cidade muito a fazer. As liçōes que a natureza nos dá é que estamos todos no mesmo barco, um imenso barco, que se tiver um furo vai alagar tudo, aos poucos, o primeiro andar, o segundo, as salas, os salōes, mas só quando somos atingidos é que entendemos melhor a gravidade dos problemas. Contudo, o paraíso existe. O paraíso é um lugar de refúgio nos nossos pensamentos bons, em "alta" quando tudo está bem, mas não devemos esquecer dos outros. Li em algum lugar: "o outro é alguém igual a mim".
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