Sábado, ontem, visitei a Nina no Hospital. Ela estava bem acordada na cama do quarto. Quando me aproximei Nina me reconheceu, olhou bem para mim com olhos expressivos e sorriu. Conversei "nossos assuntos" pois sei que ela entende. Do jeitinho dela nos comunicamos e nos entendemos. A sáude está frágil mas estável, sob constantes cuidados. Nina de Almeida fez muitas amizades, organizou e participou de muitos eventos, em alguns estive presente. Agora penso no que é o nosso viver? Onde estão os nossos amigos quando adoecemos? O nosso tempo é pouco para tudo, para dar conta de tantas tarefas, então não paramos nem para cumprimentar as pessoas que encontramos pelo caminho, é um rápido "oi, tudo bem?", e olha lá, pois é preciso correr para o trabalho, aula, curso, pegar o ônibus, o táxi, o carro, tantas coisas. A nossa relação com "as coisas" tá ficando mais importante que o nosso relacionamento com as pessoas, não, não pode ser, eu amo as pessoas mais que coisas, mas preciso de coisas, o que digo? Melhor nem pensar nada. Desligar!
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