domingo, 19 de junho de 2011

A vida dos outros

Houve exibição do filme A VIDA DOS OUTROS (Das Leben der Anderson - 2006), durante uma tarde no Congresso, com debates no final. Eu quero assistir o filme outra vez, não tem muito que eu lembre agora. Sei que o filme ganhou oscar. Os debatedores falaram sobre os critérios  para concorrer ao oscar. É preciso, por exemplo, falar sobre um determinado período do País, época. Brasileiro para concorrer a oscar tem que falar de favela. A Divisão Internacional de Trabalhos Cinematográficos quer o que entendem ser interessante para o resto do mundo. "A história que o filme conta é muito complexa. Não é uma história dividida entre os homens bons e os maus." O filme mostra um governo controlador. Agentes secretos espionavam os que eram contra as idéias do govervo, os socialistas. Tudo era "espiado". Na apresentação de uma peça de teatro estava presente o Ministro da Cultura e também um agente do governo. O Ministro ficou interessado na atriz da peça e sabendo que ela era namorada do diretor, pediu a um agente que desse um jeito de tirar o diretor do caminho. Um dramaturgo que estava no teatro não era bem aceito pelo governo, acabou "cometendo suicídio". a história é difícil de contar, eu precisaria assistir outras vezes. Mas disse um dos debatedores:  O filme mostra o grande fracasso da idéia revolucionária. Uma imagem de desumanização, com perda da personalidade. O sistema é tão nefasto que funciona mal até para quem tá no jogo. O cara tem o azar do ministro da cultura se apaixonar pela mulher dele. O dramaturgo estava aceitando a corrupção. O diretor de teatro começou a escrever escondido, procurando através do teatro denunciar a corrupção, mas era espionado o tempo todo através de câmeras escondidas, agentes se revesavam dia e noite escutando as conversas. A atriz tinha que "sair" com o ministro ou nunca mais ia pisar num palco. Quando os artistas conseguiram enviar um texto para publicação, a "coisa ficou preta". A atriz acabou tendo que contar onde escondiam uma "tal máquina de escrever". Então, logo depois que agentes do governo fizeram uma busca na casa dela, vi a cena mais terrível. A mulher saiu e quando atravessava a rua veio o caminhão do governo "a mil" e a atropelou. Ficou no meio da rua, morrendo, sangrando, ainda falou alguma coisa para o agente que sempre ia ao teatro. O final do filme é surpreendente. Fiquei pensando na vida...

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