quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O dia D

Quero ver as flores dos campos
em tardes de primavera
caminhar na noite escura sem medo
sabendo o caminho que sigo
sem nenhum perigo
Quero continuar amando
e sorrindo
Quero ver pessoas sinceras
em dias de chuva e frio
com barro na rua
Atravessar sinaleiras sozinha
Olhar o relógio da rua e ver
 que é hora de morrer  
e viver
Quero ver o sol na janela sem grades
abrir a porta sem fechar deixando entrar
 qualquer um
Qualquer coisa é preciso
O que falo e o que não digo
E aquilo que li no livro? Ainda bem
que é só um livro
E todas as pedras são de pano
E o fogo um tecido de seda transparente
nenhum um pouco ardente
Aquelas águas de vidro jorrando no quadro
balançam no vento sem nunca cair
É hora de amar e sorrir
Vejo a mulher que rebola e balança os dedos
no ar
com desejo nos olhos de se embelezar
E o homem que era dela não sabia quem era ela
Na noite em que o sol brilha depois da montanha
revelo o sétimo céu de outono em agosto...





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ano de 2024 e silêncios

           Mais um ano para organizar a vida com novos planos. No início deste ano comecei pedindo silêncio para todas as minhas células bar...